Jogamos - Jagged Alliance: Rage!

 Mamilos Club - Não Recomenda - Jagged Alliance: Rage!

Jagged Alliance: Rage! é a continuação da aclamada série Jagged Alliance que fez uma parte da infância e adolescência de muitos jogadores de jogos de combate em turnos, é um jogo que traz elementos de RPG, Aventura e Estratégia em turnos em um “spin-off” da série 20 anos depois do primeiro game.

Desenvolvido pela Cliffhanger Productions e distribuído pela HandyGames, o game chega com a premissa de pegar a essência dos games antigos e criar mais uma obra extraordinária, trazendo mercenários marcantes de volta a ação.


A história do game se passa vinte anos depois dos acontecimentos do primeiro jogo, quando os antigos personagens são convocados para uma missão urgente que pode salvar o mundo.

Os conhecidos e renomeados mercenários não estão mais no seu auge ou são o que uma vez eram, todos viveram experiências que os traumatizam de alguma forma durante sua jornada até o tempo presente. Agora, com a velhice batendo na porta e memórias que os assombram, eles aceitam a sua última missão.

De primeira parece uma tarefa como qualquer outra, claro que tiros, muito sangue e talvez um “guerrinha” ou outra já seja natural para os mercenários, no entanto, ao chegar a ilha que foram convocados são capturados e compreendem que é muito além do que imaginavam. Experimentos de controle mental... a criação de um exército que obedece a qualquer ordem... um comandante que deseja muito poder nas mãos, poder que ninguém deveria ter.



Ao jogador é dado a opção de escolher dois dentre 6 diferentes mercenários (o que achei bastante limitado uma vez que nos outros jogos tinham muita mais variedade e era possível criar grupos de até 6 membros), cada um com um passado marcado de eventos que os assombram por toda sua vida, ou seja, todos os personagens são profundos de tal modo que a história de cada um impacta no seu desempenho no meio de um confronto. Por exemplo, uma especialista em rifles de longo alcance consegue fazer um estrago de longe, sem redução de dano com a distância e tem uma alta chance de crítico, no entanto, ela jurou proteger todos os inocentes e ao ver um civil morto ela se desmoraliza, reduzindo seu potencial.

Desse modo, cada um dos personagens tem seus pontos positivos e pontos negativos, fazendo você ter que reforçar as fraquezas de um com os pontos fortes do segundo que você escolher. Além disso, cada um tem uma habilidade única chamada de “fúria” que pode ajudar bastante quando as coisas complicarem, tornando-se uma adição interessante ao novo jogo.




O gameplay segue os mesmos princípios de qualquer jogo de Estratégia em turnos, tendo que criar estratégias para ir passando dos diversos cenários, que são muito pequenos, enquanto o jogador segue por um mapa e foge de perseguidores, acampando quando seus personagens necessitam se curar. No entanto, acredito que os desenvolvedores acabaram não explorando o potencial de uma aproximação mais dinâmica e sorrateira que nem visto em Mutant Year Zero, não fazendo com que todos os movimentos fossem por turnos, trazendo formas criativas de jogadores se aproximarem de um grupo de inimigos e possibilitando uma movimentação dinâmica e interessante enquanto não em combate.


Tentando criar mecânicas novas para o game como a introdução de elementos de sobrevivência como sede e fome, acabaram criando algo que acaba muitas vezes mais estressando do que realmente trazendo algo desafiador, principalmente quando o personagem fica com sede 5 minutos depois de estar satisfeito.

O “acampamento” não é nada como visto nos outros jogos, é basicamente um lugar pra usar itens de cura que só podem ser usados nesses lugares e um armazém de itens já que o inventário dos seus personagens é muito pequeno. Não há mais a customização, criação de armas ou a base que era famosa em jogos antigos.




Há também um modo cooperativo para duas pessoas jogarem juntas a campanha, apesar de ser uma implementação interessante, acredito que é por conta disso que fez com que o número de mercenários que podem ser escolhidos serem somente dois, o que infelizmente tirou algo muito marcante dentro da série.

Sem falar de problemas que vejo presenciando em muitos jogos de combate em turnos recentes, muitas falhas nas mecânicas mais presentes nesses jogos, as taxas de acerto são muito mais sorte do que depender das próprias porcentagens, é como se fosse 50/50 em todas as ocasiões, sem contar com tiros impossíveis acertarem você quando seu mercenário está claramente fora de qualquer linha de visão. Além de que bugs são vistos constantemente, mesmo que ajudem o jogador boa parte das vezes, faz com que você perca a graça.

Os gráficos do game são muito desatualizados, parece que você está rodando um emulador de jogos de celular de tal modo que depois de experienciar o jogo um pouco mais, você percebe que até toda a jogabilidade também lhe faz lembrar de um jogo que facilmente poderia ser portado para celulares. Os cenários são até bem feitos mas são muito pequenos e acaba sendo sempre a mesma coisa o tempo inteiro, até a trilha sonora do jogo não é nada marcante, parecendo ser só uma música o tempo todo.


Jagged Alliance: Rage! parecia um jogo para ter uma experiência interessante mas conforme as horas foram passando, foi se tornando uma tortura continuar jogando. O jogo não tem nada que te faça continuar interessado, é simplesmente muito entediante. Não é nem perto de poder ser chamado de continuação da série, falhando e muito em tudo que queria entregar.

Pontos favoráveis: 
  • A mecânica de prós e contras dos personagens devido a sua história;
  • Tem tradução para português.
Pontos desfavoráveis: 
  • História;
  • Falta de variedade e customização;
  • Poucos personagens;
  • Bugs;
  • Gráficos;
  • O próprio combate em turnos;
  • Entediante, tornando-se uma tortura vendo a mesmice em cada cenário;
  • Diálogos;
  • Falhas nos sistemas de estratégia, tornando o game falho em pontos que eram pra ser os mais fortes.

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