Jogamos - Songbringer

Mamilos Club - Recomenda - Songbringer


Songbringer é um jogo indie de Aventura e RPG desenvolvido pela Wizard Fu (criada por Nathanael Weiss), uma desenvolvedora que é fã da série Zelda e aplicou elementos desse clássico à um universo sci-fi no estilo de Star Wars. É um jogo bastante imersivo, mesmo com sua simplicidade consegue cativar os fãs desse estilo.


Você assume o papel do protagonista Roq Epimetheos, um jovem brincalhão que viaja pela galáxia a bordo de sua nave chamada Songbringer. Roq tem um companheiro skybot chamado Jib, um humano amante de programação e inteligência artificial que, em seu leito de morte, transferiu sua consciência para um skybot (uma espécia de drone flutuante). Roq e Jib são muito próximos, vivem a fazer piadas um com o outro (piadas boas e nada forçadas), além de se ajudarem em batalha.


Devido à um ataque inimigo, a tripulação da Songbringer se vê em um novo mundo e, já nos primeiros minutos de jogo, Roq entra em uma caverna onde encontra a Nanosword, uma espada que faz um zumbido ao atacar. Tal encontro desencadeia a carreira acidental do protagonista como herói, a desvendar os mistérios desse planeta enorme e livre para exploração como o jogador bem entender.




É um mundo aberto, você pode escolher o rumo para onde ir e quais dungeons realizar, porém alguns enigmas são encontrados e, tais puzzles exigem alguma habilidade ou equipamento específico, sendo preciso voltar mais tarde após encontrar tal requerimento. O mini mapa lembra o dos jogos metroidvania e o mapa do mundo é bastante amplo, sem falar que há inúmeras dungeons que podem ser extensas também.

De forma procedural, a criação dos mapas é variada, a cada novo jogo iniciado um novo mundo é gerado, mas também há um código (seed) que você pode inserir para sempre repetir o mesmo mundo de cada código. Embora seja bom e cria um dinamismo no jogo, a criação procedural deixa a desejar pela falta de cuidado com o cenário, é inegável a preferência por um mapa feito à mão, com atenção em cada detalhe e componente presente.

A arte pixelada é bonita, o mundo é repleto de vegetação, resquícios arquitetônicos e inimigos que podem se camuflar com os elementos do mapa, para ter uma referência mais atual, o jogo é semelhante à Hyper Light Drifter, mas em uma paleta de cores com tonalidades mais fracas. Na questão de áudio, eu esperava mais de um jogo com o título Songbringer (Portador da Canção), a parte sonora não é ruim, é boa, porém nada espetacular ou memorável.



A jogabilidade é simples, as habilidades básicas de Roq são: uma cartola que ele pode lançar para bater em inimigos e/ou coletar itens à distância; um dash para desviar ou se aproximar mais rápido do alvo; golpes com a espada que podem ser carregados para causar dano em área ao redor dele (também há uma modificação em que o golpe básico lança um projétil); e colocar bombas para causar dano à inimigos e/ou destruir estruturas do mapa (para abrir passagem ou soltar itens na destruição).

Além dessas, há itens e outras habilidades que auxiliam Roq a desvendar esse misterioso mundo, a mais importante talvez seja meditar: ao ligar com seu lado espiritual, o protagonista consegue descobrir coisas que a olho nu não conseguia, e assim prosseguir sua aventura. É possível jogar no modo cooperativo local, o jogador 2 assume o papel de Jib, mas caso não conte com um companheiro para jogar, o skybot controlado pela inteligência artificial em certo momento ganha a habilidade de atordoar inimigos em batalha.


A dificuldade do título é mediana, creio que o jogo tenha seu foco nessa descoberta e exploração do novo mundo, não no combate em si. Mesmo que às vezes encontremos salas cheias de inimigos sem nenhum espaço livre, ou chefões no final das dungeons, ainda achei as batalhas mais fáceis que descobrir/resolver enigmas, já que eles muitas vezes estão jogados no mapa como elementos normais do ambiente, ou ocultos sendo necessário o uso da meditação (ou algum item).



No geral, Songbringer te joga em um planeta desconhecido, cercado de alienígenas e puzzles você deve então saber mais sobre o local e a história, auxiliado por seu amigo Jib. Se você é fã de jogos no estilo The Legend of Zelda (1986) e Hyper Light Drifter, vai amar Songbringer e ter bons momentos imerso no mundo de Ekzera.


Pontos favoráveis:

  • Possui tradução para português;
  • Mapa gerado proceduralmente, tornando cada novo jogo uma experiência diferente;
  • Arte pixelada bonita;
  • História é muito simples, porém é extremamente cativante, o jogador fica imerso nessa aventura em um novo mundo;
  • Habilidades e itens são interessantes;
  • Humor leve, sem exageros;
  • O jogo é simples, mas tudo é feito com ótima qualidade.
 
Pontos desfavoráveis:

  • Com um título desses, era esperada uma trilha sonora fenomenal, mas ela é apenas agradável e mediana;
  • O jogo pode se tornar cansativo, por ser tão livre é claro que em algum momento você pode se perder e ficar sem saber o que fazer, perdendo muito tempo sem avançar absolutamente nada.

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