Jogamos - The Deadly Tower of Monsters


Você consegue imaginar dinossauros, extraterrestres, homens-macaco, robôs e claro, um amor galáctico sem deixar tudo uma grande bagunça sem nexo? Pois é, The Deadly Tower of Monsters consegue organizar e encaixar uma excelente história com todos estes elementos. 

Basicamente o jogo é um filme, onde o jogador é Dick, o ator principal. Com sua nave quebrada e seu robô perdido, logo, nosso protagonista descobre que está em um planeta chamado Gravoria, onde o imperador tirânico quer dominar e escravizar os homens-macaco do lugar. 

Dick encontra Scarlet, filha do imperador, e se junta a ela depois de saber que ela não compactua com os pensamentos do pai, e claro, depois de ser salvo por Scarlet de um King-Kong intergalático. 
Após encontrar seu robô, eles fazem um trio forte suficiente para destruir o plano do imperador, mas para isso eles precisam subir “A torre mortal de monstros”, ou seja, o título que é atribuído ao jogo. Clichê? Sim! E muito! Mas é justamente intencional, pois estamos em um filme antigo B Sci-fi onde recursos não são o foco. A cada instante do jogo, o diretor do filme conversa conosco. 

É extremamente engraçado ele dizer sobre as árvores de plástico na cena enquanto estamos matando um dinossauro em estilo stopmotion, ou, quando o jogador morrer para uma nave alienigina com fios de nylon visíveis, e ele gritar “CORTA!” pois não é a intenção do nosso protagonista se matar. A forma com que o jogo foi constituído é extremamente bem elaborada. O diretor Dan Smith sabe o que está fazendo! Seus “atores” tem sérios problemas de interpretação, enquanto a conversa do diretor com eles flui de maneira natural “por trás das câmeras”.

Quanto aos gráficos do jogo, são exatamente feitos para imersão do jogador, ou seja, nas opções do menu há como escolher o estilo VHS e tornar a experiência ainda maior. O jogo colocará filtros e reproduzirá a sujeira, fios e erros de corte de filme. É possível realizar o mesmo com o som, de estereo para mono (parecido com rádios dos anos 60).

Entretanto, mesmo com a perfeição alcançada na elaboração do conteúdo do jogo, a jogabilidade peca em alguns sentidos. O ângulo da câmera em alguns momentos demora para acompanhar o personagem, ou bugs de travamento (só é possível sair se reiniciar o jogo e voltar para o último ponto salvo), como por exemplo, nas capsulas que trocamos personagens ou fazemos upgrades de armas. O jogador deverá tomar medidas preventivas como não tentar passar por áreas limitadas ou tentar pular algo que não deveria. Ainda assim, as atualizações estão sempre sendo feitas para melhorias. 
Portanto, The Deadly Tower of Monsters é uma aventura de plataforma que quebra a 4ª parede e foi elaborado de maneira espetacular. Cativa o jogador, principalmente aqueles que conhecem e gostam de filmes de Ficção Científica das décadas de 50 à 90. Absolutamente tudo dentro do jogo possui referências à filmes, tais quais King-Kong, Planeta dos Macacos, Perdidos no Espaço, a série O Elo Perdido, Marte Ataca entre outros. É necessário cerca de 4-6 horas para finalizar o modo história, possuindo também o modo survive para jogar casualmente. Infelizmente o jogo não disponibiliza legenda em Português.


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