Jogamos - CARRION

Mamilos Club - Recomenda - CARRION
A Phobia Game Studio consegue traduzir de forma bem clara o significado da palavra fobia em seus jogos, e não foi diferente com o seu mais recente lançamento distribuído pela Devolver Digital, onde a mesma sempre tem bons olhos para desenvolvimentos independentes. Apostando em um jogo de terror, onde o protagonista é o vilão e dessa vez você não é a presa, mas sim o predador em busca da liberdade, uma aventura com poucos elementos narrativos, deixando claro que o foco do jogo é sem sombra de dúvidas sua ação com elementos metroidvania e desafios que desejam conter a ameaça na qual nos tornamos, uma criatura com sede de vingança, ou melhor, com sede de sangue, muito sangue.

Controlar CARRION é uma experiência que quebra a perspectiva encontrada na maioria dos jogos de terror, Outlast e Resident Evil é alguns exemplos onde encontramos o tradicional fugir da ameaça, mas como seria jogar com o Nêmesis? Tudo se inicia com você fugindo da cápsula na qual te aprisiona, uma criatura pequena, mas mortal e logo vamos encontrar novos fragmentos do nosso corpo para se tornar maior e com habilidades ainda mais mortíferas. 



As primeiras horas o jogo traz poucas ameaças, sendo uma oportunidade perfeita para conhecer como funciona suas habilidades e movimentação, seja através do joystick ou teclado e mouse. O jogo aos poucos consegue distribuir novos desafios e inimigos equipados com arma de fogo, lança-chamas ou escudos de energia que impede CARRION de lançar os seus tentáculos para comer suas vítimas; nem sempre tomar ações agressivas será a solução. Distrair os inimigos com o seu chamado pertubador abre brechas em sua defesa, além de localizar ninhos que servem como checkpoint e espalhar-se ainda mais a sua presença no laboratório. 

Conforme crescemos a movimentação se torna menos fluída e nem sempre funciona como desejamos, atrapalhando nossa progressão entre os cenários. A necessidade de voltar para determinados locais no qual antes não seria possível atravessar não é constante e na maioria das vezes serve apenas para desbloquear troféus de conquistas ocultas, embora utilize elementos metroidvania o jogo possui um bom level design com mapas conectados e somos levados de modo intuitivo para o caminho correto, até porque uma criatura amorfa não sabe ler mapas e não disponibilizamos dessa mecânica, sendo raros os momentos onde fiquei perdido sem fazer a menor ideia para onde prosseguir. 

Enquanto Carrion não se alimenta de humanos para recuperar sua biomassa perdida em combate, os momentos narrativos na qual visualizamos flashback do passado tentam contar um pouco de história, são todos interpretativos e talvez seria melhor até mesmo remover tais situações ou aprofundar de modo mais claro.

Os desafios puzzles encontrados quebram o ritmo sangrento e justificam muito bem todas as habilidades adquiridas durante a nossa jornada, depositar um pouco de biomassa para diminuir de tamanho e utilizar habilidades que são possíveis apenas quando somos de pequeno, médio ou grande porte. Sendo necessário até mesmo combinar tais habilidades para continuar a busca pela liberdade


Recomendamos CARRION, uma obra em pixelarte pintada de vermelho que durou 5 horas. Se tornar um monstro mortal e aterrorizante foi uma experiência empolgante, embora os controles não se tornem fluídos em determinadas situações e com uma narrativa vaga que poderia ser omitida ou aprofundada. Percebemos o esforço da desenvolvedora em tentar agradar todos os públicos, procurando encontrar o equilíbrio perfeito entre narrativa e ação, onde a lei da selva predomina dentro do laboratório, a sobrevivência do mais forte.

CARRION atualmente encontra-se disponível para as plataformas PC, PS4, XBOX One e Nintendo Switch.

∣ Pontos Positivos ∣
• Jogabilidade e proposta fora do padrão;
• Habilidades;
• Desafios puzzles aproveitando todas as mecânicas do jogo;
• Level design dos mapas bem executado.

∣ Pontos Negativos ∣ 
• Movimentação;
• Narrativa.



O Mamilos Clube analisou CARRION em sua versão de PC, agradecemos a Devolver Digital pela oportunidade ao fornecer uma cópia digital. 

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