Jogamos - Mutant Year Zero

 Mamilos Club - Não Recomenda - Mutant Year Zero

Mutant Year Zero é um jogo indie de RPG, Aventura e Estratégia em turnos distribuído pela Funcom e desenvolvido pela The Bearded Ladies, uma desenvolvedora que quer dar uma interessante perspectiva ao gênero tático estilo XCOM misturando uma boa história, personagens carismáticos, exploração e furtividade.


Os pecados humanos levaram a humanidade à sua própria ruina, o mundo foi condenado por conta de bombas atômicas e a proliferação de doenças extremamente letais devido a isso. Agora, em um mundo pós-apocalíptico, os que sobreviveram se viram em uma incansável luta pela sobrevivência ao lado de mutantes que surgiram após essa catástrofe. Juntos eles formaram o símbolo da esperança, A Arca, uma cidade que é o símbolo da resistência por conta de todo o suor dos que lutaram e dos que ainda continuam lutando.

No entanto, nem todos acreditam na Arca ou no Eden e se perderam na loucura, tornando se bandidos, canibais, adoradores do Apocalipse e monstros que vagam o mundo, atrapalhando a sua vida.



Na história do game, você assume o papel de um grupo Patrulheiros, equipes de exploração e reconhecimento composta por Mutantes, inicialmente composta por dois personagens bem carismáticos chamados Duk (um pato mutante) e Bormin (um javali mutante) que vai aumentando conforme você vai progredindo em sua jornada à procura do Eden, um rumor de paraíso no meio do caos pós-apocalíptico, o que achei bem clichê




Sendo mutantes, cada Patrulheiro do seu esquadrão tem sua “própria” árvore de habilidades, habilidades as quais podem ajudar muito no meio da batalha quando o jogador as usa de uma maneira inteligente e tática – como exemplo, criação de barreiras para se esconder, chegar em um high ground para vantagem sob o inimigo, entre outras - . Apesar disso, vi que não são tão únicas assim, cada personagem tem sim uma árvore de habilidades só que muitas skills são compartilhadas entre si, sendo muitas vezes iguais mudando uma coisa ou outra, pelo menos cada personagem tem uma skill única que pode ajudar muito dependendo da situação. Também não posso deixar passar as habilidades passivas que são bem rasas (+1 de vida, +1 movimento) enquanto poderiam ser mais trabalhadas e que poderiam ajudar mais no todo.




O jogo é classificado como um RPG, ou seja, supostamente teriam diversas coisas para serem feitas como missões secundárias pra conhecer mais do mundo e seus habitantes, no entanto, encontrei uma história bem linear, onde a exploração serve somente para encontrar peças para aprimorar suas armas e possivelmente conseguir encontrar armamentos melhores para confrontos futuros. A única coisa que te impede de avançar é a nivelação de níveis por localizações, o que dificulta muito a vida de qualquer um já que praticamente não tem como farmar experiência em outros lugares pelo gameplay ser bem linear, o que torna o jogo bem difícil.

O gameplay em si é baseado em criar estratégias, com todos seus equipamentos e habilidades disponíveis, para conseguir sobreviver aos diversos confrontos em sua jornada. Desse modo, o conceito da furtividade e exploração é introduzido como um meio de estudar o melhor jeito de emboscar seus inimigos, além de você conseguir explorar o mundo pós-apocalíptico, porém lindo de Mutant Year Zero.Uma coisa interessante da furtividade do jogo é que você pode muitas vezes evitar diversas batalhas andando até o seu objetivo, porém, isso afeta muito na frente, uma vez que você acaba tendo que enfrentar o máximo de inimigos possível pra conseguir ganhar mais experiência, o que acaba não fazendo muita diferença.


Sendo um jogo de estratégia, temos também a questão sobre as vantagens das quais uma melhor localização pode oferecer ao entrar numa batalha, como um lugar mais alto para mais cobertura e visão dos inimigos ou um lugar mais escondido e estratégico para uma aproximação mais sorrateira em um inimigo sem alertar todo o mapa. Tudo acaba tendo que ser bem pensado, no entanto, me vi muitas vezes nessas supostas vantagens e coisas ridículas acontecerem, como tiros simplesmente atravessarem o chão e me acertar mesmo tendo 100% de chance de erro pelo inimigo ou muitas vezes me deixar numa situação pior do que sem a suposta “vantagem”, mostrando o sistema meio falho

Além de tudo isso, os inimigos que você ver nas primeiras horas vão ser os mesmos inimigos até o final do jogo, tendo uma baixa variedade de inimigos, sem contar que vários inimigos mais fortes (com habilidades) usavam skills “roubadas” várias vezes enquanto as skills dos meus personagens demoravam algumas rodadas para carregar.


Para finalizar, o jogo é divertido, tem cenários muito lindos que mostram quando a natureza toma conta de toda a sociedade humana e tem uma atuação de voz que deixa os personagens mais vivos e carismáticos mas ao todo se mostra uma obra que não é completa, enquanto jogava sentia o tempo todo, em diversos aspectos do jogo, uma constante falta de acabamento geral no jogo, tornando-o meio raso.

Desse modo, o jogo pode até ser legal e interessante de se jogar com todas as propostas que ele oferece, no entanto, além de tudo dito, o jogo é bem curto e nada rejogavél, tornando assim o preço do jogo algo muito caro comparado ao que ele oferece, principalmente comparado a outros títulos de grandes empresas que tem o mesmo preço e oferecem muito mais.

Pontos favoráveis: 
  • Gráficos bonitos;
  • Divertido e um jogo bem legal para ficar envolvido;
  • Personagens carismáticos e atuação de voz impecável;
  • Ambientação e produção de sons no geral;
  • Tem tradução para português.
Pontos desfavoráveis: 
  • Caro em comparação ao que oferecem, não vale o preço inteiro;
  • História;
  • Linear;
  • Curto;
  • Nada rejogável;
  • Otimização;
  • Não há variedade de inimigos;
  • Falhas nos sistemas de estratégia e vantagens, tornando o game difícil a ponto de te fazer ficar com raiva;
  • Árvore de habilidades pequena e sem muita variedade, "precária".

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