Jogamos - Moonlighter


 Mamilos Club - Recomenda - Moonlighter

Moonlighter é um jogo indie de RPG, Ação e Rogue-Lite distribuido pela 11 bit studios  e desenvolvido pela Digital Sun, uma desenvolvedora que vem criando jogos de destaque no mercado pelas suas características únicas dentre os mais diversos gêneros. É um jogo simples que mistura os melhores elementos de jogos famosos de Aventura e RPG como Zelda, Dark Souls e Stardew Valley.


O game se passa na Vila de Rynoka, uma Vila muito conhecida devido aos seus dias de prosperidade com a descoberta das masmorras em sua região há 70 anos atrás. E que agora, tendo sua fama e glória perdida com o fechamento das mesmas por motivos desconhecidos, costuma somente ser visitada por aventureiros a procura de saber mais sobre sua história e relíquias, como um museu histórico. 

Você assume o papel de um jovem mercador e aventureiro chamado Will, que é dono de uma loja de sua família, a Moonlighter. Will, desde criança, sempre sonhou em ser um aventureiro igual ao seu avô Pete e explorar todas as 5 camadas do calabouço que existem, no entanto, sempre foi imposto que seus esforços deviam ser voltados ao negócio da família, sendo obrigado a cuidar da loja. Agora que você é o único membro restante da família, está livre pra fazer tudo que sempre quis e assim, o protagonista parte a procura do seu sonho e em seguir os passos de seu avô, sendo um vendedor de relíquias durante o dia e um aventureiro durante a noite. 


Sua responsabilidade é restaurar a glória da loja Moonlighter e realizar seu sonho de descobrir o mistério das dungeons e o que aguarda em seu final, afinal, o que elas são? De onde elas apareceram? E porque elas são repletas de artefatos (tesouros) que parecem ser de uma civilização completamente diferente? Essas são perguntas que o protagonista se faz durante todo o jogo e que cada vez mais vão surgindo ao longo que você explora as profundezas das masmorras, de tal modo que, a história acaba sendo contada por meio de livros e relatos perdidos, o que eu achei muito interessante por dar aquele gostinho delicioso de mistério.


O gameplay é bem simples e prático, não há técnicas ou habilidades, é basicamente correr, bater e esquivar, mas não se engane, a dificuldade do jogo é bastante desafiadora já que inimigos não tem vez para atacar, não deixando nem tempo para que o jogador respire. Entretanto, não é a melhor coisa do mundo, eles deixam a desejar visto que cada um têm somente um tipo de ataque, o que provoca que o jogo fique meio monótono depois de perceber que é muito fácil decorar o padrão de ataque, o que acaba fazendo com que perca um pouco a graça do combate.

Contudo, para dar maior profundidade ao jogo, os desenvolvedores criaram uma grande variedade de monstros e fizeram com que cada estágio de uma masmorra fosse feito de forma procedural, ou seja, a cada nova aventura uma nova dungeon é formada, seguindo a mesma receita, mas de forma aleatória.


Após se aventurar nas profundezas das masmorras e coletar artefatos você deve pensar bem se vale a pena continuar e arriscar pegar mais ou voltar com o que tem em sua mochila uma vez que a morte leva o jogador a perder tudo e voltar para a cidade sem nada. Voltando para casa, os itens adquiridos durante sua aventura necessitam ser vendidos para gerar dinheiro e poder financiar melhorias para suas armas e armaduras, espaço e eficiência de sua loja e revitalizar a sua vila.

Sendo um aventureiro e mercador, você como eu pensa de primeira que a parte mais interessante seria a aventura em si, contudo, o jogo trás um sistema comercial muito cativante por meio da sua loja que faz com que o jogador tenha que prestar atenção nas expressões que os seus clientes vão fazer ao comprar um item para ter noção do melhor preço a se vender, tornando a parte de venda algo mais relaxante depois de toda a luta.


O jogo pega na hora que você percebe que não dá pra progredir somente com skill, em um determinado momento os monstros ficam fortes demais para os seus equipamentos, então, se torna obrigatório que o jogador volte inúmeras vezes para o mesmo lugar para “farmar” itens para vender e se melhorar. Mas capitalismo é capitalismo meus caros, quanto melhor você ficar, mais dinheiro precisará já que equipamentos melhores vão ser mais caros, ou seja, quanto mais dinheiro você tiver mais você vai ter que pagar e assim, o jogador entrará em um loop chato que o jogo faz pra te impedir de progredir rápido, tornando o bastante repetitivo.


Uma coisa que gostei bastante foi a variedade de armas, que dão vários estilos para o jogo ser jogado, não são muitas, mas no início nem estava esperando que tivesse outras, então pra mim conta como uma boa surpresa e também, o sistema de inventário que é bem prático e fácil de organizar.

Mesmo assim, o que mais se destacou, foi certamente a arte do jogo. Os gráficos e as animações pixeladas são extremamente bonitas e bem-feitas, tanto que não sei dizer quanto tempo fico encarando um novo cenário por estar fascinado pelo nível de detalhamento e atenção que os produtores deram para cada coisinha. O mesmo pode ser dito para a paleta de cores, que torna tudo muito vivo e lindo e a trilha sonora incrível que faz muito bem seu trabalho, deixando o jogador envolvido o tempo todo.

Portanto, Moonlighter é um jogo que me prendeu por várias horas logo na primeira vez que o iniciei, o que é difícil hoje em dia, me estressou diversas vezes após perder todo meu loot nos calabouços várias vezes e me fez o admirar por ser possível sentir todo o carinho que os desenvolvedores tiveram ao tentar criar uma obra única, desafiadora e extremamente fascinante.

Pontos favoráveis: 
  • Trilha Sonora incrível;
  • Gráficos Pixelados surpreendentes;
  • Tons intensos e vivos que dão mais vida ao jogo;
  • Variedade de inimigos;
  • “Desafiador”;
  • Criatividade;
  • Muito aconchegante e gostoso de jogar;
  • Tradução para Português.
Pontos desfavoráveis: 
  • Superficialidade dos Personagens;
  • Simplicidade do combate, no caso dos inimigos;
  • O lado “mercador” do jogo não foi muito bem explorado, é bom, mas poderia ser muito melhor;
  • Repetitivo;
  • Abuso do “Capitalismo”.
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