Drizzlepath: Glass pertence a um gênero recente de
jogos, denominado no Steam como “simulador
de caminhadas”, é um estilo que mistura exploração, belas paisagens e por
vezes é possível encontrar puzzles também. Jogos assim costumam focar seus
esforços principalmente na beleza visual e efeitos sonoros, em geral as únicas
opções dadas aos jogadores são as funções de caminhar e fazer uso botão esquerdo do mouse para as poucas interações que de fato importam.
O
game é desenvolvido e distribuído por Tonguç
Bodur, o mesmo desenvolvedor
de The
Hunting God (clique no nome para ler nossa review), Nephise Begins e outros, todos do mesmo
gênero e mesma proposta. Seus jogos costumam ter avaliações mistas, salvo os
dois exemplos que citei, estes estão positivos – e com méritos – porém neste título alguns pontos ficaram devendo e
infelizmente o jogo encontra-se bem abaixo de seus dois últimos lançamentos na
plataforma.
Não
espere simplesmente calçar um tênis e sair explorando, existe uma história que
têm início quando nossa personagem têm o desejo de visitar túmulo de seu
falecido marido, nisso, um evento leva ao outro e você acaba conhecendo muitos
lugares e se deparando com paisagens tirar o fôlego – apenas as que envolvem vegetações – mas nem tudo é exatamente como deveria ser, e
justamente quando o game começa a nos apresentar novos cenários é que os
problemas começam.
Nossa
aventura começa em casa, posteriormente vamos conhecendo os cenários, é notório
que o desenvolvedor peca na questão de dimensões, já que alguns animais são
muito grandes, casas pequenas demais e outros detalhes que não escapam à nossa percepção, já que o motor gráfico é o Unreal 4 é
claro que visualmente o jogo é um espetáculo.... Mas apenas há vegetação mesmo,
arvores, gramas, flores.... Tudo muito bem feito e se o jogo focasse apenas em
cenários que abusassem disso tudo seria perfeito, mas infelizmente quando
precisamos atravessar uma caverna é que podemos ver a limitação no
desenvolvimento, pois à falta de acabamento é bem visível.
Claro
que quando pensamos em uma floresta ou uma vasta área com grama e flores é natural imaginar os animais que vamos
encontrar.... Porém, faltou muito para o jogo reproduzir essa questão, animais
de tamanhos desproporcionais e movimentações robóticas – exatamente como as que já vem “programadas” na engine – o
que me faz pensar porque o desenvolvedor não fez uso de animais menores e mais
fáceis de encontrar em ambientes como o que é visto in-game.
Conforme
você avança os capítulos enquanto explora, algumas lembranças surgem e poemas também podem ser encontrados - mas é preciso procurar bem - quando completar todos os enigmas e chegar
ao fim do jogo, você então ganha à única conquista possível. Ah, os enigmas não
são difíceis, pelo contrário, são bem “bobos” e não vejo motivos para eles
existirem, algo mais elaborado seria muito melhor e interessante se bem aplicado.
Não posso recomendar um jogo que acertou apenas um ponto e
errou outros vários, o foco do game deveria ser apenas na vegetação, porém os
puzzles nada desafiadores, outros cenários sem riqueza de detalhes e animais
com mecânicas medíocres fazem o jogo perder sua essência, isso sem mencionar à trilha sonora que começa atmosférica e aos poucos vai enjoando. Drizzlepath: Glass mostrou-se bem
abaixo esperado e que o salva o jogo de ser um desastre é justamente à beleza visual em torno da vegetação, pois rende
ótimas capturas de tela.
Destaques:
+
Vegetação realmente bonita;
É preciso atenção:
-
Movimentos robóticos dos animais;
-
Você não consegue passar em pontos estreitos, mas que claramente é possível atravessar;
-
Todos os detalhes além da vegetação precisam de atenção;
- Animais e elementos de cenário desproporcionais em relação ao tamanho da personagem;
- Animais e elementos de cenário desproporcionais em relação ao tamanho da personagem;
-
Puzzles fáceis e sem sentido;
- Trilha sonora enjoativa;
- História extremamente fraca;
- Trilha sonora enjoativa;
- História extremamente fraca;
Bugs encontrados:
-
Nenhum.
Evan "Zniffer" Ramos: Fã dos mais variados gêneros de jogos, nintendista e gamer de carteirinha, escreve notícias e reviews em suas horas vagas. Apaixonado por Cavaleiros do Zodíaco e as mais diversas áreas da TI, focando seus esforços na segurança da informação e infraestrutura. E-mail para contato: ev4n.r4mos@gmail.com |
---|
Postar um comentário